Pular para o conteúdo principal

Il faut cheminer.

"A quoi ça sert l'amour?"...

Ça, c'est le titre d'une chanson d'Edith Piaf, dont la parole explique comment sont les relations...et, en fait, c'est difficile à expliquer. Pour une rasion quelconque, l'amour ne s'explique pas. C'est une chose "triste et merveilleux !"

L'amour est merveilleux? Tout à fait. Mais pas aussi indispensable que l'oubli. Ah, c'est cette chose qui nous maintient encore vifs. Certaines personnes sont effacés de notre mémoire comme un film sans importance, où ils ont été les protagonistes d'une histoire plein de passion mais à la fin ils n'étaient que simples coadjuvants. Moi, je sais que j'ai été un personnage comique de l'histoire de quelqu'un. Bien sûr, c'est toujours comme ça! En revanche, c'est douloureux d'être oublié pour son coadjuvant. Ce n'est pas facile de faire face au fait d'être irremplaçables, et laisser ouverte la possibilité d'entrée d'un autre "acteur ou actrice". 

Alors, a quoi ça sert l'amour, parce que quand tout est fini, il ne vous reste rien qu'un immense chagrin!?...En fait, l'amour c'est comme l'horizon dans notre vie. Je fais deux pas vers lui, et il s’éloigne de deux pas. Je fais dix pas demain, et lui s’éloigne de dix pas avant. Pour autant que je marche, je sais que jamais je ne l’atteindrai. A quoi ça sert l'amour? À cela: à cheminer. Ainsi, il faut qu'on fasse comme ça, sinon on va avoir mil passés et pas de futur. C'est pour ça que le passé doit être conservé à sa place et pas apporté comme un sac à dos d'un voyageur.

En fin de compte, Cole Porter a raison: "Let's do it! Let's fall in love", ou simplement: "cheminer". 
 







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Do Berro ao Bolo: O Ano Que Eu Não Escolhi Te Amar, Antonio.

Hoje Antonio faz um ano. Um.       Ano. O tempo, depois que você vira pai, não passa — ele te atropela de ré, em câmera lenta, com a trilha sonora de um berro primal e cheiro de fralda morna no ar. Aliás, esse tal “tempo” é uma ficção criada por mães exaustas e filósofos que nunca trocaram uma fralda às 3h da manhã. Porque desde que esse ser de 75 cm e quase 10 kg chegou, os dias deixaram de ter lógica. Cada hora dura quatro semanas e, ao mesmo tempo, passa num espirro — ou num pum que assusta e vem com bônus surpresa. Esqueça relógio. Meu calendário agora se mede em mamadeiras, fraldas e agressões com mordedores em forma de girafa. Eu não acordo mais — sou expulso do sono com a sutileza de uma sirene de incêndio e a ternura de um chute de UFC na traqueia. Sou evocado. Convocado. Arrancado da cama por um grito que mistura o pavor de Hitchcock com a urgência de uma reunião do G20. Tapas, cotoveladas e uma auréola de caos me despertam como se eu fosse figurante em Apoc...

O Algoritmo Me Fez Fazer Isso (Juro)

Lembra daquela sensação gostosa de fazer uma escolha? Tipo: “Hoje eu vou assistir o que eu quiser, comer o que der vontade e vestir o que tiver a ver comigo” ? Pois é. Isso morreu. Foi discretamente enterrado entre os cookies do seu navegador, num caixão forrado de notificações e sugestões “pensadas especialmente pra você”. Em 2025, o livre-arbítrio virou lenda urbana — tipo honestidade em reality show ou Wi-Fi de aeroporto que realmente funciona. Acreditar que ainda tomamos decisões por conta própria é tão convincente quanto acreditar que aquele anúncio de tênis apareceu por acaso logo depois de você comentar, casualmente, que estava “precisando de um tênis novo” — ao lado do celular, claro. A gente acorda com um despertador “personalizado”, escolhido por um app com base no nosso “cronotipo ideal” (porque até dormir virou um espetáculo de alta performance). Começa o dia ouvindo uma playlist montada por um robô que jura nos conhecer melhor que nossa própria mãe. E na hora do almoço,...

Paternidade. Primeiras impressões.

Paternidade.  Primeiras impressões.  Ah, a Paternidade! Este milagre transforma qualquer ser humano razoavelmente funcional em um especialista instantâneo em fraldas e canções de ninar com melodias tão hipnotizantes quanto uma vuvuzela tocada por um rinoceronte. E quem diria que, no meio desse turbilhão de babadores e mamadeiras, estaríamos vivenciando a tão almejada “profundidade de vida”? O bebê chega e, de repente, somos todos filósofos de plantão, versando sobre a existência, vulnerabilidade e outras palavras que nunca apareceriam numa conversa de bar. “ A paternidade nos torna vulneráveis ”, dizem os iluminados de fraldário. Pois é, nada como ser acordado às três da manhã por um berro que faria uma sirene de ambulância corar de vergonha para sentir a fragilidade da vida humana. Se isso não te torna vulnerável, meu amigo, nada mais o tornará. E a beleza de ver nossos trejeitos replicados nessas criaturinhas? Você sempre sonhou que seu rebento herdaria aquele seu jeito char...